Homossexualidade em 1 Coríntios 6?

Homossexualidade em 1 Coríntios 6?


Ekkehardt Mueller é diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral. Antes de se juntar ao instituto, o Pastor Mueller atuou como Pastor e Ministerial por mais de duas décadas. Atualmente, ele está muitíssimo envolvido em escrever artigos e lecionar classes ao redor do mundo. Ekkehardt adora jardinagem e pintura. Boa música é também um elemento importante no lar de  Ekkehardt, sendo sua esposa Geri uma professora de música. Quando seus filhos, Eike e Eno, estão em casa, o “quarteto” está completo.


Tradução: Hugo Martins

O artigo “Homossexualidade em 1 Coríntios 6?” (Original em Inglês: “Homosexuality in 1 Corinthians 6?”), por Ekkehardt Mueller, fora publicado, inicialmente, pelo Adventist Biblical Research Institute.  Usado com permissão.


O Novo Testamento contém diversos textos que abordam direta ou indiretamente a questão da prática homossexual, um tema ampla e controversamente discutido hoje. Dentre esses textos neotestamentários, os mais importantes são a discussão de Jesus sobre o casamento heterossexual em Mateus 19 e Marcos 10, e as declarações de Paulo em Romanos 1:26–27, 1 Coríntios 6:9 e 1 Timóteo 1:10.

A passagem em Romanos 1 foi discutida no boletim BRI Reflections nº 20 em outubro de 2007.1 Concluiu-se que a homossexualidade em Romanos 1 não está limitada apenas a um determinada época, cultura, ou certas formas homossexuais. É um comportamento pecaminoso. Ao apontar que todas as práticas de homossexualidade são pecado, esta passagem adverte a humanidade para não se envolver em tal comportamento.

Neste ensaio, discutiremos 1 Coríntios 6.

A Passagem Bíblica

A Nova Almeida Atualizada traduz 1 Coríntios 6:9–10 da seguinte maneira:

“Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus.”

O termo “homossexual” é usado atualmente para descrever o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo. Muitos tradutores pensam que os termos gregos malakoi e arsenokoitai em 1 Coríntios 6:9 se referem a esse comportamento. A NASB os traduziu com “efeminados” e “homossexuais.” A NKJV escolheu “homossexuais” para o primeiro termo e “sodomitas” para o segundo termo, enquanto a KJV fala sobre “efeminados” e “abusadores de si mesmos com a humanidade.” NAB sugere “prostitutos” e “sodomitas,” NLT “prostitutos” e aqueles que “praticam a homossexualidade” e NRSV “prostitutos” e “sodomitas.” A Bíblia Darby tem “aqueles que se fazem de mulheres” e aqueles “que abusam de si mesmos com os homens.” Outras traduções agrupam os dois termos; por exemplo, a ESV lê “homens que praticam homossexualidade,” NIV “homens que fazem sexo com homens” e RSV “pervertidos sexuais.” Parte dessa linguagem não é mais aceitável nas sociedades modernas, mas parece haver algum consenso entre os tradutores da Bíblia de que 1 Coríntios 6:9 descreve a prática homossexual.

Interpretações Sugeridas

Hoje, muitas vezes, afirma-se que Paulo não se refere a relacionamentos homossexuais monogâmicos de respeito mútuo, mas condena a pederastia, a prostituição homossexual, e formas exploradoras e desumanizantes de homossexualidade.2 Se for verdade, nem todas as relações entre homens seriam proibidas.3 Portanto, temos que analisar minuciosamente a fim de entender o que Paulo tinha em mente.

O Contexto Histórico

Os antigos não apenas conheciam o que tem sido chamado de “homossexuais contingentes” (pessoas que não são homossexuais de fato, tais como adolescentes e adultos, que estão entendiadas com a heterossexualidade, e se envolvem com membros do mesmo sexo), e, muito provavelmente, “homossexuais situacionais” (pessoas que por falta de encontros heterossexuais recorrem a atos homossexuais), mas tinham, também, alguma ideia, ou conceito, de “homossexualidade constitucional” (homossexualidade dita permanente, podendo ser parte da constituição da pessoa). Pelo menos, a noção de que uma pessoa é atraída pelo mesmo sexo de sua constituição é encontrada no mito andrógino de Platão.

Jenell W. Paris afirma: “Literatura e artefatos gregos e romanos antigos mostram relações sexuais amorosas e duradouras entre pessoas do mesmo sexo no mesmo patamar social.”4

O Contexto Literário


O contexto imediato de 1 Coríntios 6:9–10 vai do capítulo 5 ao capítulo 7, tratando da questão da sexualidade humana. No capítulo 5, Paulo menciona um caso de incesto em Corinto. Paulo aceita como obrigatória a legislação de Levítico 18, que discute incesto e homossexualidade, e adverte a igreja de Corinto a remover o membro da igreja envolvido em um relacionamento incestuoso com sua madrasta.5 No final do capítulo 5, ele apresenta uma lista de quatro categorias diferentes de pessoas envolvidas em vícios (v. 10), sendo a primeira delas os fornicadores. Esta lista é ampliada no próximo versículo em dois grupos. Os cristãos devem se separar dos membros da igreja que praticam tais vícios. Em 1 Coríntios 6:9–10, Paulo expande as listas de vícios do capítulo 5 para dez grupos.6

O esboço de 1 Coríntios 6:9–10 visto nesta página indica que os “injustos [que] não herdarão o reino de Deus” são os mesmos dez grupos subsequentes de malfeitores, nenhum dos quais “herdarão o reino de Deus.” É possível dividir os dez grupos dos versículos 9b e 10 em duas partes, porque quatro dos cinco primeiros malfeitores estão cometendo pecados sexuais.

Ou vocês não sabem que os injustos

não herdarão o Reino de Deus?

Não se enganem:

herdarão o reino de Deus

nem imorais,

nem idólatras,

nem adúlteros,

nem efeminados,

nem homossexuais,

nem ladrões

nem avarentos,

nem bêbados,

nem maldizentes,

nem roubadores,

Os primeiros cinco grupos são idólatras e criminosos sexuais discutidos em 1 Coríntios 5–7. Nesta seção, dois grupos parecem estar envolvidos na má conduta heterossexual, enquanto os próximos dois grupos se referem a pessoas envolvidas na má conduta homossexual. “Adúlteros” se aplica a pessoas casadas, enquanto “fornicadores” pode se referir a solteiros, se o termo não for usado em seu sentido mais amplo, abrangendo todos os outros tipos de comportamento sexual impróprio. O resto do capítulo 6 adverte contra relação com prostituta. Como em Romanos 1, Paulo também usa um texto da criação em 1 Coríntios 6. Em 1 Coríntios 6:16, Gênesis 2:24 é citado, enraizando a discussão sobre a sexualidade na criação de Deus e seu ideal para o casamento e as relações sexuais. O capítulo 7 passa a descrever o casamento heterossexual, a solteirice e o divórcio.7 Para evitar a porneia [imoralidade], “cada homem tenha a sua esposa, e cada mulher tenha o seu próprio marido” (1 Co 7:2). Não há espaço para a homossexualidade. Mas se as pessoas “não conseguem se dominar, que se casem; porque é melhor casar do que arder em desejos (1 Co 7:9).” Paulo está claramente se referindo ao casamento heterossexual.

O Texto

1 Coríntios 6:9–10, como parte deste contexto mais amplo, é baseado em Levítico 18, no relato da criação e na exposição de Jesus dela (Mt 19:3–12; Mc 10:1–12). Embora a igreja de Corinto com seus problemas referentes à sexualidade seja considerada, a questão é mais ampla. A interconexão dos capítulos 5 ao 7 e seu contexto veterotestamentário implicam uma dimensão universal, não limitada ao tempo, cultura ou apenas certas formas de homossexualidade. A passagem inteira é prescritiva e não apenas descritiva. Em vista disso, Thiselton sugere que 1 Coríntios 6:9–10 é “uma passagem ainda mais importante e fundamental do que Romanos 1 . . .”8 A prática da homossexualidade exclui permanentemente as pessoas do reino de Deus, assim como qualquer um dos outros vícios mencionados por Paulo.

Os dois termos que tratam da homossexualidade em 1 Coríntios 6:9 são malakoi e arsenokoitai.9 Malakoi foi traduzido como “efeminado,” “aqueles que se fazem de mulheres,” “prostitutos,” “homossexuais (pervertidos)” e “catamitas.” O termo normalmente significa “fino” ou “luxuoso”, e aparece quatro vezes no Novo Testamento (Mt 11:8 [2x]; Lc 7:25; 1 Co 6:9). As duas referências evangélicas retratam o mesmo evento e descrevem pessoas em roupas finas. O significado do termo deve ser determinado pelo seu contexto. Jones aponta para a literatura cristã posterior (1 Coríntios 6. Policarpo), onde o termo descreve alguém indigno e que poderia facilmente ser visto como efeminado.10 No entanto, ele admite: “Nada disso, claro, nega a possibilidade de que o termo malakos incluísse o comportamento homossexual masculino.”11 Aqueles chamados malakoi não são apenas homens finos, brandos ou fracos. A maioria dos intérpretes concorda que em 1 Coríntios 6:9 este termo se refere aos homossexuais, especialmente aos parceiros que desempenham o papel feminino em um relacionamento homossexual.12 No verso 9 malakoi é cercado por outros termos que se referem ao comportamento sexual e homossexual, deixando claro que esta palavra também contém um significado sexual e deve ser entendida como algum tipo de comportamento homossexual.13 Gagnon vê isso confirmado na literatura extra-bíblica, em Filo por exemplo, no primeiro século da Era Comum.14 No entanto, restringir os malakoi a crianças e pederastia, como alguns fazem, não é apenas especulativo, mas insustentável.15

O termo arsenokoitai ajuda a definir malakoi. É um termo único usado, e possivelmente inventado, por Paulo no Novo Testamento.16 Remonta claramente a Levítico 18:22 e 20:13 (LXX). Paulo uniu arsēn e koitē, encontrados separadamente, em um único termo.17 Um sentido literal seria um homem deitado com outro homem na cama, tendo relações homossexuais. Seu significado não se restringe à pederastia.18 Os arsenokoitai em 1 Coríntios 6:9 podem ser os parceiros ativos em um relacionamento homossexual.19

A penalidade severa por ser um malakos ou um arsenokoitēs, ou seja, a exclusão do reino de Deus, indica que os dois termos se referem a homens adultos que, por sua própria vontade, seja por orientação inata ou não, têm relações homossexuais entre si.20

Malick observa:

Embora a escolha de Paulo das palavras arsenokoitai e malakoi permita uma aplicação ao abuso da pederastia em sua época, as palavras na verdade denotam um campo de referência mais amplo, incluindo todos os homens que têm relações sexuais com outros homens. As pressuposições ilógicas de que (a) todos os relacionamentos sexuais são iguais perante Deus, (b) as descrições de Paulo são de práticas excessivas e (c) a homossexualidade é uma expressão biblicamente aprovada da sexualidade, são pré-requisitos necessários para a conclusão popular de que Paulo estava discutindo apenas “abusos” no comportamento homossexual. O apóstolo Paulo condena todos os relacionamentos homossexuais em sua vice-lista em 1 Coríntios 6:9, ao abordar a necessidade de os coríntios julgarem aqueles que estão em seu meio.21

Sumário e Conclusão

A situação no Novo Testamento é paralela à do Antigo Testamento. As duas partes da Escritura concordam uma com a outra. O Antigo Testamento contém textos que tratam claramente da homossexualidade; o mesmo acontece com o Novo Testamento. Ambos não são limitados em escopo e tempo, e incluem todas as atividades homossexuais em todos os momentos. Eles explicam que o comportamento homossexual é um pecado que precisa de arrependimento e perdão.

Acima, discutimos 1 Coríntios 6:9–10 e concluímos que os contextos da criação e de Levítico 18 e 20 em 1 Coríntios 6, bem como o estudo do texto e seu vocabulário (v. 9), sugerem nesta passagem que a homossexualidade inclui todas as formas de atividade homossexual e transcende uma aplicação limitada apenas à igreja de Corinto.22

Também é importante destacar que a Bíblia não está interessada em discutir causas ou diferentes tipos de comportamento homossexual. Centra-se no próprio ato sexual entre pessoas que compartilham o mesmo sexo biológico e declara tal comportamento como contrário à vontade de Deus. Não trata da atração homossexual, desde que a respectiva pessoa permaneça celibatária, porém reconhecendo que é possível pecar por se deter em pensamentos impuros.23

Em 1 Coríntios 6:11, Paulo acrescenta a seguinte afirmação a respeito de pessoas envolvidas em um ou mais dos vários vícios listados anteriormente: “. . . vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” Paulo conclui que alguns dos membros da igreja de Corinto estiveram envolvidos nessas atividades pecaminosas, incluindo a homossexualidade, mas desistiram de tal comportamento e viveram uma vida diferente.

Thiselton escreve:

Com base na distância entre os séculos I e XXI, muitos se perguntam: “A situação abordada pelo escritor bíblico é realmente comparável à nossa?” Quanto mais os escritores examinam a sociedade greco-romana e o pluralismo das tradições éticas, mais a situação coríntia parece ressoar com a nossa. . . . O que fica claro na conexão entre 1 Coríntios 6:9 e Romanos 1:26–29 e seus antecedentes no Antigo Testamento é o endosso de Paulo à visão de que a idolatria, isto é, colocar a autonomia humana para construir os próprios valores acima dos compromissos da aliança com Deus, leva a um colapso dos valores morais em uma espécie de efeito dominó.”24

Embora os cristãos respeitarem todas as pessoas, sejam heterossexuais ou homossexuais, elas se esforçarão para ficar longe do pecado.


Notas

1 https://www.adventistbiblicalresearch.org/wp-content/uploads/2020/06/BRI-newsltr-10-07-20_0.pdf

2 Cp. os exemplos listados por Andreas J. Köstenberger, God, Marriage, and Family: Rebuilding the Biblical Foundation (Wheaton, IL: Crossway Books, 2004), p. 216.

3 Cp. James B. De Young, Homosexuality: Contemporary Claims Examined 2000 in the Light of the Bible and Other Ancient Literature and Law (Grand Rapids: Kregel Publications, 2000), pp. 10–11.

4 Jenell Williams Paris, The End of Sexual Identity: Why Sex Is Too Important to Define Who We Are (Downers Grove, IL: InterVarsity Press Academic, 2011), pp. 57, 68. Robert A. J. Gagnon, “The Scriptural Case for a Male-Female Prerequisite for Sexual Relations: The New Testament Perspective,” em Homosexuality, Marriage, and the Church: Biblical, Counseling, and Religious Liberty Issues, editado por Roy E Gane, Nicholas P Miller e H. Peter Swanson (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2012), p. 113, declara: “Uma concepção de uniões homoeróticas amorosas e mutuamente carinhosas já existia no ambiente cultural de Paulo, e, no entanto, mesmo estas foram rejeitadas por alguns moralistas greco-romanos.” Ele explica sua afirmação nas páginas seguintes.

5 Levítico 18 foi aceito como autoritativo até mesmo para os cristãos gentios pelo Concílio de Jerusalém (Atos 15). A legislação em Levítico 18, embora parte do código de santidade, também tem a ver com a moralidade e era obrigatória não apenas para os israelitas, mas também para os estrangeiros.

6 Em todas essas listas, porneia é mencionada primeiro.

7 Cp. Anthony C. Thiselton, The First Epistle to the Corinthians, The New International Greek Testament Commentary (Grand Rapids, MI: Wm B. Eerdmans Publishing Company, 2000), pp. 447, 451; Dan O. Via e Robert A. J. Gagnon, Homosexuality and the Bible: Two Views (Minneapolis: Fortress Press, 2003), pp. 84–87.

8 Thiselton, p. 447.

9 Foram acaloradamente debatidos. E.g., David F. Wright, “Homosexuals or Prostitutes: The Meaning of ARSENOKOITAI (1 Cor 6:9; 1 Tim 1:10),” Vigiliae Christianae, 38/2 (1984): 125–153, mostrou que a alegação de John Boswell em Christianity, Social Tolerance, and Homosexuality de que arsenokoitai significa prostitutos, não homossexuais, é infundada. William L. Petersen, “Can ARSENOKOITAI Be Translated by ‘Homossexuals’ (I Cor 6.9: I Tim. 1.10),” Vigiliae Christianae, 40/2 (1986): 187–191, respondeu a Wright. Basicamente, ele defende que o conceito moderno de homossexualidade não corresponde ao prevalecente na antiguidade.

10 John R. Jones, “‘Em Cristo não há nenhum dos dois . . .’: Toward the Unity of the Body of Christ,” em Christianity and Homosexuality: Some Seventh-day Adventist Perspectives, editado por David Ferguson, Fritz Guy e David R. Larson (Roseville, CA: Adventist Forum, 2008), parte 4–9.

11 Jones, part 4–10.

12 Cp. Joseph A. Fitzmyer, Romans, The Anchor Bible, vol. 33 (New York, NY: Doubleday, 1992), p. 287, Ronald M. Springett, Homosexuality in History and the Scriptures (Silver Spring: Biblical Research Institute of the General Conference, 1988), Leon Morris, The First Epistle of Paul to the Corinthians: An Introduction and Commentary, Tyndale New Testament Commentaries, e. rev. (Grand Rapids, MI: Wm B. Eerdmans Publishing Company, 1993), p. 93, entende malakoi e arsenokoitai como “os parceiros passivos e ativos na homossexualidade.”

13 William Loader, Sexuality in the New Testament: Understanding the Key Texts (Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2010), p. 30, menciona que “a terminologia aparece em contextos sexuais . . .”

14 Robert A. J. Gagnon, “The Scriptural Case,” p. 84.

15 Cp. Thiselton, p. 449.

16 Em seu livro, De Young dedica um capítulo inteiro à discussão do termo (pp. 175–214).

17 Cp. Köstenberger, p. 216.

18 Gagnon, “The Scriptural Case,” p. 87, declara: “De fato, não há evidência no antigo Israel, no judaísmo do Segundo Templo ou no judaísmo rabínico de que qualquer limitação tenha sido colocada na proibição de relações sexuais entre homens.”

19 Cp. Thiselton, pp. 448–450; Via e Gagnon, p. 83. Springett, p. 136, sugere: “Se Paulo estivesse condenando apenas uma forma grosseira de atividade homossexual aqui, permitindo implicitamente outros tipos, ele certamente teria sido mais explícito.” Paulo vem de origem judaica, e o veredicto judaico sobre a homossexualidade é inequívoco. Por outro lado, Jones, parte 4–12, reconhece que arsenokotoi “quase certamente” tem a ver com homossexualidade, no entanto, “de um tipo explorador.”

20 Cp. Via e Gagnon, p. 82. De Young, p. 192. afirma: “Pesquisadores como Wright e Henry Mendell definitivamente mostraram que o arsenokoitai deve ser definido amplamente. Não se pode limitar arsenokoitai à pederastia ou à prostituição masculina ativa. Também inclui orientação, condição e reciprocidade entre pessoas do mesmo gênero.”

21 David E. Malick, “The Condemnation of Homosexuality in 1 Corinthians 6:9,” Bibliotheca Sacra 150 (1993): 492.

22 Thiselton, p. 452. Nesse ínterim, a poligamia foi legalizada no Quênia e em alguns países se discutiu a revogação ou não das leis de incesto.

23 Cp. Mt 5:27–30.

24 Deve-se lembrar que em Romanos 1:26–27 não apenas a atividade homossexual masculina é mencionada, mas também a feminina.

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