As Três Mensagens Angélicas e As Religiões Mundiais

As Três Mensagens Angélicas e As Religiões Mundiais


Scott Griswold

Scott Griswold, MDiv, trabalhou como missionário em diversas partes da Ásia destacando-se na pregação transcultural. É diretor associado do ASAP (Advocates for Southeast Asians and the Persecuted) Ministries, Berrien Springs, Michigan, United States.


Tradução: Hugo Martins

“As Três Mensagens Angélicas e As Religiões Mundiais” (original em inglês: The Three Angels’ Messages and World Religions)”, Scott Griswolf, foi, primeiramente, publicado em fevereiro de 2016 na revista Ministry,® International Journal for Pastors, www.MinistryMagazine.org.  Usado com permissão.


Deus vela sobre as mais de sete bilhões de pessoas na terra. Elas não um amotinado de faces desconhecidas para ele. Ele ama a cada indivíduo melhor do que amamos nossos próprios filhos. Milhões de pessoas não sabem, nem mesmo, que Deus existe; há centenas de linguagens as quais nenhuma oração já fora proclamada em nome de Jesus. Deus não permitirá a história da terra terminar assim. Ele promete que “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mt 24:14).[1]

O evangelho que Deus quer comunicar tem sido sumarizado nas três mensagens angélicas de Apocalipse 14. Esta verdade pode ser vista em Seu apaixonado foco global na introdução. “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). Cada nação, tribo e língua inclui meio bilhão de budistas, um bilhão de hindus, 14 milhões de judeus, 1,6 bilhões de muçulmanos e muitos milhões a mais em religiões tradicionais e populares.[2]

Adventistas do sétimo dia têm considerado, há um longo tempo, as mensagens dos três anjos como o coração de seu movimento. A maioria pensa sobre essas mensagens como, primariamente, um chamado para, nesse momento, os 2,2 bilhões de cristãos, protestantes e católicos, a voltarem-se para as verdades esquecidas na Bíblia. Apocalipse 14:6-12, entretanto, claramente revela que o público-alvo intencionado por Deus inclui cada pessoa, em cada etnia e em cada religião. Em resposta ao amor de Deus, e com um desejo de ver a volta de Jesus, precisamos, cuidadosamente, considerar o que essas verdades significam para os não-cristãos e como podemos melhor comunicarmos com eles.

A mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14

A mensagem do primeiro anjo diz: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7). Esta mensagem conecta, de forma muito profunda, as verdades enfatizadas nas escrituras judaicas e islâmicas. Deus é retratado na Torah e no Corão como o Criador, o Legislador e o Juiz. Muçulmanos dedicados enfatizam a importância da adoração ao Deus Verdadeiro e clamam às pessoas a arrependerem-se completamente diante dAquele que julgará o mundo.  Judeus comprometidos procuram guardar o Sagrado Sábado do Sétimo Dia porque eles acreditam na Criação e nos Dez Mandamentos. Em nossos diálogos com judeus e muçulmanos, devemos enfatizar estas importantes similaridades. Partilhamos um grande ponto em comum: o mundo, incluindo muitos cristãos, tem se voltado à idolatria, à evolução, à adoração da natureza e a si próprio em vez do Deus Criador.

A mensagem do primeiro anjo torna claro que há um temor positivo no fato de Deus continuar a julgar o mundo. Ele conhece, examina e restitui todas as coisas. Adventistas do sétimo dia ensinam que estamos, nos dias atuais, no tempo do juízo final. Enquanto ninguém precisa temer o coração de Deus, todos devem temer a Sua santidade a ponto de se afastarem de cada pecado.[3]

Esta ênfase sobre o juízo está conexa a partes significantes das crenças budistas e hinduístas no karma. “Faça o bem e receba o bem. Faça o mal e receba o mal,” é a frase mais comum que eu já ouvi enquanto servi na Ásia. A maioria acredita que haverá um juízo pelo que eles fizeram, com consequências que eles receberão nesta vida, nos céus, no inferno e na próxima reencarnação.

Muitas dessas religiões orientais não são atraídas para o cristianismo porque aparenta, significantemente, ser menos moral do que a sua própria religião. Eles veem muitos que não levam o pecado a séria e, mesmo assim, clamam pelo perdão de Deus. O materialismo, a imoralidade e a violência dos países “cristãos” afirmam esta percepção negativa. Quando adventistas do sétimo dia dão valor aos vários aspectos da lei de Deus e procuram ter uma mente, um falar e um agir puros, budistas e hinduístas ponderados olham para eles com respeito e admiração.

“Temei a Deus e dai-lhe glória, … e adorai aquele,” certamente não coincidem com todas as crenças das religiões mundiais. Passei pelo Rio Ganges na Índia e vi a devoção, a glorificação e a adoração aos muitos deuses em vários templos. Vi na Tailândia o quanto nosso clamor para depender de um Deus pessoal para a salvação contrastava, completamente, com a confiança budista em suas próprias ações e meditação. Eu sei que muitas pessoas ao redor do mundo respeitarão a Jesus como um profeta, um operador de milagres e um mestre iluminado; mas eles não aceitarão a Ele como o Deus eterno e a única fonte de salvação.

A realidade é que cada budista, hinduísta, judeu, muçulmano e cristão tem um coração egoísta e pecaminoso que não está, naturalmente, inclinado a dar glórias tão somente a Deus. No entanto, nossa obrigação e nosso privilégio incluem guiá-los tanto a morte do eu quanto a um relacionamento de honra com o Criador e Redentor.

Eu vi o fervor e a alegria de um motorista de táxi budista quando ele aprendeu, pela primeira vez, acerca do Criador do mundo, seu verdadeiro Pai. Eu vi lágrimas descendo ladeira abaixo na face de um traficante de crianças quando ele compreendeu que havia perdão em Cristo, até mesmo para ele. O evangelho eterno é definitivamente, para cada nação, tribo, língua e povo de cada religião mundial!

Todavia, como partilhamos este evangelho eterno é crucial. Palavras devem ser proferidas cheias de amor e carregadas de um caráter íntegro. Há uma razão que a mensagem do primeiro anjo segue a descrição dos 144.000. Eles têm o nome do seu Pai em suas testas, totalmente devotos, seguindo a Jesus por onde quer que ele vá. A Bíblia descreve a glória de Deus como a Sua bondade, graciosidade e compaixão brilhando dos corações do Seu povo  quando quer que ele comam, bebam ou agem.[4]

O estilo de vida no tempo do fim dos adventistas do sétimo dia é atrativo às pessoas pensantes das religiões mundiais. Judeus apreciam nossa guarda do Sábado. Muçulmanos ficam alegremente surpresos acerca da nossa posição contra o álcool e comer carne de porco. Hinduístas valorizam a vida saudável de uma alimentação vegetariana junto  com a importância da não-violência. Budistas respeitam a ênfase em afastar-se do materialismo em nosso chamado a uma simplicidade e uma generosidade vistas em nosso ator de dizimar e, até mesmo, em nossa remoção de joias.

O verdadeiro cristão que é capaz de perdoar os seus inimigos, ser fiel ao seu cônjuge, para de beber ou fumar e viver, consistentemente, uma vida de abdicação é uma visão incrível para qualquer um de qualquer religião mundial.  Tal grupo guiará muitos a dar glória a Deus por Seu poder em transformar vidas.

A mensagem do segundo anjo de Apocalipse 14

A mensagem do segundo anjo de Apocalipse 14 é uma clara advertência que algo caiu e que não merece confiança: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Ap 14:8). Por que é esta solene mensagem algo que deve ser compartilhado não apenas com os cristãos, mas, também, com as outras pessoas das religiões mundiais? O anjo que explicou o mistério da Babilônia foi bem claro quando disse: “As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:15).

João descreve, cuidadosamente, Babilônia no mesmo capítulo.  Muitos estudiosos da Bíblia através dos séculos têm identificado Babilônia como igreja cristã apostatada, especificamente o catolicismo romano.   O vinho é descrito como suas doutrinas intoxicantes que tiram o foco do Jesus todo suficiente. Essas são crenças tais como o poder dos sacerdotes de perdoar pecados, a necessidade de cerimônias específicas para a salvação (tais como a missa), a infalibilidade papal como um porta-voz de Deus e o auxílio das orações dos santos mortos.

Muitos, também, veem a frase “[ela] tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria” como uma descrição dos longos anos de perseguição quando a Igreja Católica Romana sentenciou milhões de hereges.[5]

O que isto tem a ver com as religiões mundiais? Quando falamos acerca das falhas do cristianismo em comparação com a beleza de Jesus, abre os olhos de nossos amigos budistas, hinduístas, judeus e muçulmanos para as falhas e as deficiências de todas as religiões. Eles podem facilmente ver os enganos de seus próprios sistemas nesta reflexão. Muitos ficam perplexos quando passeiam pelas construções religiosas ornamentadas e decoradas do passado que produzem muita sujeira e abrigos de doenças. Eles se entristecem com tentações sexuais entre seus sacerdotes, monges e outro clérigos. Eles reconhecem que a história de seu próprio povo está repleta de violência, ódio e preconceito religioso. E há um crescente desgosto e ódio para com a mistura de religião e política que resultam em intolerância e derramamento de sangue. Falando sobre essas coisas, podemos ajudar as pessoas a diferenciar entre Cristo e as falhas da religião.

Tenho ouvido as pessoas dizerem que “Todas as religiões são boas. Todas elas ensinam as pessoas a serem boas.” Religiões tem apontado as pessoas o que é bom e o que é ruim; pessoas sabem que elas não deveriam matar ou roubar, enganar ou mentir para seu cônjuge. O problema é que elas fazem de qualquer jeito. Religião e conhecimento, em geral, não são suficientes para purificar o coração do egoísmo, sobretudo expiar pecados do passado. Babilônia e todas as religiões estão decaídas em sua competência para salvar.

 No contexto de uma amizade amorável e com a visão de algo melhor, podemos anunciar a nossos amigos das várias religiões mundiais o chamado de Deus “retirai-vos do meio deles, separai-vos” para Ele possa ser um Pai para eles (2 Co 6:17,18).

A mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14

A mensagem do terceiro anjo segue com uma advertência, ainda mais intensa, que trata da besta, da sua imagem e da sua marca. Adventistas do sétimo dia têm demonstrado que m Apocalipse 13 há uma clara conexão entre as besta final da profecia e os Estados Unidos da América (E.U.A). A Bíblia profetizou que um novo país levantar-se-ia no final do século 18 e começaria em um lugar amplamente desértico, mas cresceria e tornar-se-ia uma superpotência mundial. Primeiramente seria um pacífico e amante da liberdade, porém, posteriormente, falaria como um dragão. De acordo com a profecia, eventualmente, os Estados Unidos transformar-se-ão de promotores da liberdade para reforçar um modo específico de adoração. A profecia adverte a todo cada pessoa a não ser parte daquele que “adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão” (Ap 14:9-11 [NVI]).

Quão relevante é esta mensagem para o nosso testemunho entre as pessoas das religiões mundiais? Quando eu compartilhar esta profecia, as pessoas, rapidamente, reconhecerão, que o E.U.A tem surgido como uma influência global em um curto espaço de tempo. Elas veem seu impacto ao redor do mundo tanto político quanto economicamente. Não apenas isso, muitos veem os efeitos nocivos dos filmes de milhões de dólares que tem traduzido a violência, a imoralidade e o espiritualismo em tantos idiomas. A influência dos filmes, dos jogos e das músicas encontra-se, instantaneamente, disponível na internet, entre líderes populares, especialmente entre os jovens de quase qualquer cidade, com estilo e som, incrivelmente, similar quando o mundo é varrido em uma cultura de rebelião e de uma visão descuidada.

É importante compartilhar esta parte da mensagem do terceiro anjo porque esta adverte acerca do que virá e serve para dissociar os problemas do cristianismo dos dias atuais do verdadeiro Jesus e de Seus genuínos seguidores. A mensagem termina com um foco sobre um povo que tem, verdadeiramente, abraçado o evangelho. Eles são “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). Este é o evangelho, a mensagem de justificação pela fé, na qual Deus dá tanto o perdão de pecados quanto uma nova vida abundante com a presença mantenedora dos mandamentos de Jesus.

Eu tenho visto entendimento e respeito brilharem nos olhos de monges budistas quando compartilho o quanto o verdadeiro evangelho inclui tanto a misericórdia e a morte do eu, guiando para a pureza e a compaixão.

Eu os vi se converterem sob uma influência divinal, a família cristã.

Passos para compartilhar a mensagem

Essas três mensagens angélicas podem ser compartilhadas com amigos de várias religiões mundiais em um variedade de maneiras práticas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem empregado significante esforços, estudos e dinheiro nos Centros de Estudos Adventistas para A missão Global para aperfeiçoar meios efetivos de compartilhar o amor de Deus com budistas, judeus, hinduístas, muçulmanos, pós-modernos, seculares e multidões nas cidades. Muito pode ser ganho dos manuais, conceitos e pesquisas que eles têm produzido.[6]

Aqui, eu simplesmente quero compartilhar quatro passos básicos que descobri ser uma bênção para pessoas de qualquer religião quando estou em contato.[7]

  1. Ouça. Você não tem que ser um perito em qualquer religião mundial para compartilhar Cristo. O que importa é saber o que a pessoa em sua frente acredita e necessita. Seja um bom amigo e ouça bem e você conhecerá os próximos passos para cuidar e compartilhar o amor de Deus.
  1. Afirme as similaridades. Fale acerca dos valores que vocês têm em comum. Ajude outros a viverem aquelas qualidades no dia-a-dia da vida real. Cozinhe alimentos saudáveis com um hinduísta, sirva o pobre com um budista, guarde o Sábado com um judeu e ore com um muçulmano. Não se apresse em discutir as diferenças. Deixe-os verem seu valores importantes em você, na sua Bíblia e no seu Deus.
  2. Compartilhe as diferenças através de estórias. É muito mais divertido contar estórias do que ficar argumentando. Debates fecham as portas do coração. Estórias abrem e os transforma. Compartilhe o seu próprio testemunho; é a ferramenta mais poderosa. Isto não significa apenas a sua conversão, mas as várias respostas a oração, especialmente as mudanças em seu caráter e em seu lar. Vigie e ore por oportunidades; plante essas sementes de alegria com frequência.

Estórias e parábolas da Bíblia são, também, muito úteis. Jesus nunca ensinou sem uma estória.  Você pode facilmente dizer: “isso me lembra uma antiga estória que eu gostei muito …” Deus usará Sua Palavra para dar-lhes entendimento.

4. Leve a uma experiência. Todos devem testar e ver por eles mesmos se eles estão indo acreditar. Você não precisa esperar até que eles estejam prontos para entregar os seus corações a Jesus para pedir a eles por uma decisão. Pequenas decisões são grandes passos. Você poderia dizer: “Posso orar pelo seu adolescente problemático?” Eu nunca me deparei com alguém que recusasse minha oferta para orar. Deus se deleita em fazer milagres que levam pessoas a terem fé nEle.

Você poderia dizer: “Gostaria de tentar memorizar esta escritura que ajudou o meu relacionamento com a minha esposa?” A Palavra de Deus está repleta de conselhos em cada área importante da vida. Convide-os a tentar pequenos textos com frequência.

Você poderia, até mesmo, convidar alguém para juntar-se a você em adoração: “você gostaria de passar o Sábado com a minha família neste fim de semana? Nós passaremos a parte da tarde na natureza. Isto tem, realmente, nos ajudado a crescer juntos e, também, a diminuir o nível de estresse.” Ele podem até não saber quem Deus é, mas o amor e as lições que eles aprenderem podem, brevemente, levá-los ao Criador.

Essas três mensagens angélicas, verdadeiramente, apresentam-se melhores se somadas a mensagem final do amor de Deus para todos, de todas as religiões. Apocalipse 14 termina com um cenário vívido do que acontecerá quando escolhemos compartilhar essas verdades. Um grupo rejeitará o Seu amor e tornar-se-á maduro em maldade como uva para o vinho. O outro grupo responderá e receberá a justiça de Cristo, tornando-se  maduro em Sua beleza como o trigo para uma colheita eterna para a glória e o regozijo de Deus.

[1] Caso não seja especificado, todas as citações das Escrituras são da Almeida Revista e Atualizada.

[2] Pew Research Center, “The Global Religious Landscape,” 18 de dezembro de  2012, www.pewforum .org/2012/12/18/global-religious-landscape-exec/ (acessado em 22 de dezembro de 2015).

[3] Ver Êxodo 20:20; Mateus 10:28-31; Hebreus 10:26-31.

[4] Ver Êxodo 33:17; 2 Coríntios 4:6; 1 Coríntios 10:31.

[5] Isto é visto conexo com uma interpretação similar de poder do chifre pequeno de Daniel 7 e 8.

[6] Para acessar esses materiais, visite www.adventistmission.org.

[7] Para um treinamento mais avançado nesses passos e em outros conceitos de missão transcultural, visite www.reachtheworldnextdoor.com.

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